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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A Síndrome dos Boatos

Essa postagem é sobre uma síndrome muito recorrente nos jogos de RPG, na verdade, esse é um elemento que só não é mais frequente que a Síndrome do Órfão ( "meu personagem perdeu os pais..."), que tão tradicionalmente enche nossas mesas de RPG. 

Nessa postagem vamos tratar da Síndrome dos Boatos.

Não é incomum em um jogo de RPG o momento no qual os jogadores se deparam com um boato. Algo que eles devem investigar a respeito da veracidade. Entretanto, todo mundo sabe que TODOS  os boatos são verdadeiros, para falar a verdade, nenhuma fonte de informação é tão confiável quanto o louco da cidade que balbucia palavras desconexas. Até porque a maioria dos RPG's são fantasiosos, então, seria improvável que alguém não acreditasse em um boato, imaginem a cena:

"Eu acredito no malkavian, afinal de contas,
foram mesmo as galinhas que mataram aqueles
lobisomens"
"Um elfo paladino, um anão clérigo, e um humano ranger montado em um dinossauro atroz voador chegam próximo a um homem ferido. O elfo pergunta:
- O que aconteceu aqui?
- Um homem que estava morto se levantou, pegou um cajado e fez crescer asas de suas costas, depois de exterminar todos ao redor com um grito ele voou para a montanha solitária! - respondeu o homem machucado.
- Não é possível  você está sofrendo de alucinações - repreende o anão enquanto reza para Thivias, o deus das aranhas falantes, e magicamente cura os ferimentos do homem caído."

De fato, seria ilógico que se discordasse da veracidade das palavras do homem simplesmente por serem fantásticas. Mas, é realmente necessário que os boatos sejam sempre verdadeiro?

Algo interessante para colocar em uma aventura é a falta de realidade nos boatos ouvidos pelos personagens. Seria interessante se por acaso o boato fosse extremamente exagerado ou, melhor, ilustrasse somente uma pequena parte da verdade.

De qualquer forma, apresentar mentiras para os personagens não evitaria que eles percebessem o engano, pois os dados poderiam ser capazes de revelar as mentiras, com um teste de sabedoria, ou empatia por exemplo. Mas, se o npc realmente acreditar que o que diz é verdade, não seria possível os personagens descobrirem através de testes a verdade por trás do boato. 

Outra forma de incrementar a trama ou a história seria confrontar dois boatos, os personagens teriam que escolher qual seguiriam,  por exemplo, um dos boatos diz que para matar o vilão é necessário fogo, e para fortalecê-lo é necessário água; já um segundo boato diz exatamente o contrário.

Não pretendo incentivar os mestres a tornar os próprios jogadores em paranoicos ensandecidos, mas somente dar um empurrãozinho para tornar as aventuras mais surpreendentes  e deixar aquele tradicional jogo improvisado de última hora com uma cara diferente.

Um comentário:

  1. kkk
    A síndrome do ófão eu ja conhecia, ate porque ela sempre está presente em nossas mesas, mas essa do boato é nova pra mim!
    Realmente seria legal colocar umas pistas falsas as vezes, daria um incremento bacana da história. Boa dica =)

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